Cruzeiro, Campeão da Libertadores de 1976

Time posado da esquerda para direita, em pé:
Darci Menezes, Nelinho, Morais, Zé Carlos, Vanderlei.
Agachados: Roberto Batata, Eduardo, Palhinha, Jairzinho, Joãozinho, Raul.

Atendendo ao pedido do Carlão Azul do blog http://www.soucruzeirense.blogspot.com/ o post de hoje irá relembrar um pouco a primeira conquista do Cruzeiro na Libertadores, em cima do River Plate - ARG, já que logo mais a equipe celeste inicia a primeira etapa da batalha final rumo ao Tri, boa sorte ao Cruzeiro que tão bem representa o País na Libertadores.

Na edição da Libertadores de 1976, cada um dos 10 paises participantes seriam representados por dois clubes: para o Brasil, Internacional e Cruzeiro (campeão e vice do brasileiro do ano anterior).

Os 20 clubes, divididos em 5 grupos, disputariam as 5 vagas para as semifinais, onde se juntariam com o vencedor da edição anterior, o Independiente da Argentina.

Após a fase eliminatória, River, Independiente e Peñarol formaram o primeiro grupo das semifinais, enquanto o Cruzeiro se juntava a LDU e Alianza no segundo grupo.

As semifinais mostraram a força de Cruzeiro e River que fariam uma final digna dos grandes jogos de todos os tempos e o Cruzeiro poderia devolver ao Brasil a taça que faltava desde a última conquista do Santos de Pelé, em 1963.

PRIMEIRA PARTIDA DA FINAL

Time posado da na primeira partida da final no Mineirão. Da esquerda para direita, em pé:
Nelinho, Moraes, Ozires, Valdo, Vanderlei e Raul.
Agachados: Silva, Eduardo, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho.

O Cruzeiro fez a final contra o River Plate, da Argentina que, assim como o Cruzeiro, nunca havia vencido a Libertadores. Na primeira partida no Mineirão, o time aplicou um show de bola nos argentinos e goleou por 4 a 1. O terceiro gol foi mais um gol antológico daquela brilhante campanha. Joãozinho driblou Comelles e Perfumo e cruzou para Palhinha, que com um leve toque de cabeça pra trás, encontrou Eduardo, que vinha na corrida, fez que ia chutar, mas foi a linha de fundo e com um toque encobriu o goleiro Fillol para Palhinha marcar de cabeça.

Equipes Perfiladas

SEGUNDA PARTIDA DA FINAL

Na partida de volta, em Buenos Aires, mesmo jogando melhor, o Cruzeiro acabou sofrendo uma derrota de 2 a 1 graças a arbitragem desastrosa do árbitro uruguaio José Martinez Bazán. Quando a partida seguia empatada em 1 a 1, aos 30 do 2º tempo, o goleiro Raul defendeu chute de JJ Lopez, mas a bola subiu e caiu as suas costas. Vanderlei, Luque e Pedro Gonzáles correram para ela. Luque empurrou Vanderlei que tentava dar uma puxeta e Pedro Gonzáles entrou com bola e tudo para o gol. O árbitro uruguaio validou o gol mesmo com a irregularidade no lance e ainda inventou uma expulsão do atacante Jairzinho. O resultado provocou um empate na decisão e as equipes tiveram que decidir o título numa 3ª partida em campo neutro.

TERCEIRA PARTIDA DA FINAL

A terceira partida foi disputada em Santiago, no Chile, e Cruzeiro e River fizeram uma das maiores finais da história da Libertadores. Chances de gol surgiram de ambos os lados durante a partida. O Cruzeiro saiu na frente com um gol de pênalti marcado por Nelinho e abriu vantagem de 2 a 0, num golaço de Eduardo, aos 10 do 2º, após grande jogada de Ronaldo. O River diminuiu três minutos depois, numa cobrança de pênalti e aos 17 os argentinos, mais uma vez, ludibriaram a arbitragem. Numa falta, próximo a área do Cruzeiro, os jogadores de ambos os times discutiam a formação da barreira, quando Sabella cobrou rápido para Crespo que, livre na área, recebeu e marcou o gol de empate. Os jogadores do Cruzeiro cercaram o árbitro, que validou o lance cobrado sem a sua autorização. Aos 43 do 2º, o Cruzeiro deu o troco. Palhinha sofreu falta, próximo à área, e quando todos aguardavam a cobrança de Nelinho, o ponta Joãozinho, na malandragem, não esperou a autorização do árbitro, e colocou de curva, no ângulo. Foi o gol do título. Na comemoração, o preparador físico Lacerda chutou a bola pra cima, e levou um soco de Lonardi. O massagista Guido partiu pra cima e revidou. Alonso veio atrás e ambos trocaram socos. Enquanto a polícia separava a briga, a torcida chilena em maioria no estádio e que apoiava o Cruzeiro gritava “Brasil! Brasil! Brasil! Na seqüência o árbitro expulsou Alonso, do River e Ronaldo, do Cruzeiro. O árbitro deu 9 minutos de descontos e o Cruzeiro segurou o resultado tocando a bola. Foi o primeiro título internacional da história do Cruzeiro e que rompeu um tabu de 13 anos que incomodava os clubes brasileiros na Copa Libertadores.

No final da partida os jogadores cruzeirenses se ajoelharam no centro do gramado e rezaram em memória do companheiro Roberto Batata. Nos vestiários, mesmo com o título garantido, o exigente Zezé Moreira não perdeu a oportunidade de demonstrar a sua autoridade e bronqueou com Joãozinho o chamando de moleque e irresponsável. É que o cobrador de faltas do time era Nelinho que, naquele ano, havia se tornado o maior especialista ao superar a marca de 22 gols marcados pelo ídolo Tostão. Em Minas Gerais, a torcida cruzeirense fez um dos maiores carnavais fora de época da história.

Referências:
Henrique Ribeiro (coluna Cruzeiro.ORG)
The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation http://www.rsssf.com/sacups/copa76.html

7 comentários:

Zêro Blue 8 de julho de 2009 às 17:00  

Não há como emocionar. Deu pra arrepiar até o rosto ao ler esse seu belo texto. Todas as vezes que leio sobreesta e outras conquistas Estreladas me emociono.

Valeu Marcio, muito bom. Seu post tá completo. Obrigado por atender meu pedido e principalmente por publicar o texto na data de hoje, dia tão importante para a Nação azul
A homenagem ao Roberto Batata, falecido em acidente automobilistico foi muito emocionante.

Muito obrigado mesmo.

Um forte abraço e
Sds. Celestes

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Gremista Fanático 8 de julho de 2009 às 19:58  

Grande time esse ai e espero que inspire o time atual pra conquistar mais um titulo da libertadores, parabens pela postagem. abraço.
Saudações do Gremista Fanático

Leônidas Cruzeirense 8 de julho de 2009 às 21:46  

CRUZEIRO é CRUZEIRO e o resto bate palmas. É FATO!

Leônidas Cruzeirense 8 de julho de 2009 às 21:47  

Páginas e mais páginas de Histórias vitoriosas e conquistas monumentais. É FATO!

Carlos Gregorio Junior 9 de julho de 2009 às 06:47  

Fala Pessoal do Retratos na Parede
Sou do Blog o Sentimento não Para e voces nos procuraram para saber se iriamos querer as fotos do Vasco campeaos da copa do brasil sub-17 no ano passado encima do santos de neymar.

Respondendo, queremos sim amigos, queremos muito. Se puderem nos fornecer enviem para esse e-mail: solraccjr@hotmail.com

Por fim queria salientar que o vasco não ganhou do santos de neymar, muito pelo contrario, o santos de neymar perdeu para o VASCO de Phillippe Coutinho.

Abraços

Carlos Junior
Blog o Sentimento nao Para
www.vascaominhapaixao.blogspot.com

Carlos Sena 11 de julho de 2009 às 21:02  

Olá tudo bem?
Somos parceiros de link e gostaria de convidar para participar do Chat Blogs Futebol Clube e participe dos nossos debates sobre futebol... basta adicionar no seu msn o endereço group38099@groupsim.com e pronto, você estará habilitado a fazer parte do chat.
Esperamos a sua presença.

Anônimo,  29 de agosto de 2009 às 14:16  

Olá! Não existe a foto do Cruzeiro na 3ª Partida da final de 76 contra o River Plate? no video do yotube, percebe-se que o time tirou a foto no jogo final. Então Henrique Ribeiro cadê a foto?

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